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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rockies


Paulistano, uma das coisas que me chamou atenção em Vancouver foi a quantidade de áreas verdes e parques. Quase toda rua possui um gramado com bancos, campos e equipamentos de lazer. No mapa da cidade destacam -se uma infinidade de quarteirões verdes. Tantos que é preciso ver para crer. Há três quadras da minha casa descobri uma área aberta com campo de futebol, quadras de tênis e verde de sobra.


Há os parques maiores, de tamanhos variados. Perfeitos para uma exploração de Bike. Mostrarei aqui os que escolhi para visitar. Alguns parques famosos ficaram de fora como o Deep Cove e a Capilano Supension Bridge.

Stanley Park

O mais legal e maior parque urbano do Canadá. Imagine uma floresta temperada intocada vizinha ao centro de uma cidade moderna. Possui 1000 hectares de área. Foi criado no século XIX numa área antes ocupada por nativos. Depois de conhecer a Sea Wall, faltava eu explorar o interior do parque onde há alamedas naturais, árvores centenárias, pântanos e fauna nativa. Comecei a exploração meio sem querer, ao entrar no parque por acaso. Neste passeio cruzei o parque de Bike vindo do norte, até os totems. 


Segui cruzando o parque na diagonal. Alcancei um pântano e uma alameda. Cruzei a highway pela passarela. Segui no lado sul em meio à floresta até uma estrada lateral.



Central Park - Burnaby

O parque mais próximo de casa. Disseram para eu seguir de Bike pela Victoria Street que sairia lá. No final da rua há um cemitério. Cheguei numa área aberta gramada e pensei: Isso aqui é triste e vazio, não tem ninguém. Ah tem sim. Estão todos debaixo da terra! O Central Park é vizinho ao cemitério. Mais duas quadras e estava na entrada sul. O Central Park tem sido usado como set de filmagens. Ali foram filmadas cenas da floresta no filme Twilight.
Neste vídeo entro de Bike por uma alameda do lado norte. Passo o primeiro lago em direção ao segundo. Dois esquilos se aproximam para pedir comida. Um ficou a um metro da minha perna. Canadenses devem ser bacanas com os esquilos.


Queen Elizabeth Park

Em South Vancouver, o parque fica numa área alta próxima a King Leonard Station, na Canada Line. Seu forte são os Jardins exuberantes, os canteiros com flores. Cheguei no parque pelo lado sul, pela Oakridge Station. Entrei pedalando. Atravessei amplas áreas com muito verde, estacionamentos e esculturas. Entrei numa ciclovia e subí em direção ao centro do parque.


Na praça central há uma estufa de plantas e uma plaza com fontes de água, uma vista de Downtown e dos canteiros abaixo. Há um viveiro de plantas em formato de domo chamado Bloedel Conservatory. Custa 5 dólares para entrar e oferece uma reprodução fiel do ambiente das florestas tropicais. Há pássaros exóticos do Brasil, Austrália e Nova Zelândia.


E muitas flores brasileiras. O que mais chama atenção no parque são os jardins floridos. Cuidadosamente cultivados, é um paraíso para os amantes de flores. Fiz imagens das alamedas com seus canteiros



UBC e Pacific Spirit Park.

Descobri o lugar sem querer, explorando a UBC. Há ciclovias de acesso às praias e áreas abertas para lazer. Desci de Bike pelo caminho até Arcadia Beach filmando. As pessoas que cruzei me olharam como se eu tivesse fazendo algo absurdo. Passei por uma placa e finalmente entendi o motivo. Na placa estava escrito Clothing Opcional. Descia de Bike com uma camera ligada em direção a uma praia cheia de gente pelada. Que tipo de pessoa era eu?!?


Rocky Mountains

Havia um frisson na semana em que cheguei na escola de Inglês. Todos falavam na viagem para Rocky Mountains, que ia rolar na semana seguinte. Quatro dias atravessando cinco dos mais famosos parques do Canadá. Sobraram poucas vagas e era preciso decidir rápido. Custava $340 com onibus, hoteis e duas refeições. Muitas atividades eram pagas à parte. Confesso que não vim preparado para uma viagem dentro da viagem. Pedi informações na ILAC. O rapaz explicou a viagem da seguinte maneira: O Egito têm piramides. O Brasil têm praias. O Canada têm Rocky Mountains.
Saimos numa quinta a tarde em três ônibus entupidos de Brasileiros. Eu ainda sem saber direito no que tinha me metido. Considerei a possibilidade de me arrepender. Graças a Débora e seus amigos consegui me enturmar e aproveitar a viagem sem me sentir isolado. O primeiro dia passamos dentro do ônibus. Cruzamos a cidade de Hope, onde filmaram o primeiro filme da série Rambo.


Dormimos a primeira noite em Revelstoke, num hotel de estrada. Quando nos aproximávamos, Jonas, nosso guia comunicou que dormiríamos quatro homens em duas camas de casal. Achei que ele estava brincando e dei risada. Ninguém mais riu. A coisa era séria. Então caiu a ficha. Vou dormir na mesma cama com outro homem? De jeito nenhum! Duas horas depois deitava na cama com um cara da República Tcheca. Bonitinho até. Brincadeiras à parte, não gostei de ser avisado do detalhe só na hora de dormir. Poderiam ter me avisado na hora de vender o pacote. Meus amigos ainda encararam uma balada perto do Hotel. Pensei em todas as viagens que fiz com a escola e em todas as noites mal dormidas. Não, amigo. Não desta vez. Vou dormir. Aproveite sua balada e não encoste em mim quando deitar. O segundo dia começou com a visita ao Emerald Lake. A primeira paisagem deslumbrante estilo Canadense do dia. Talvez por isso achei este um dos mais bonitos lagos da viagem.


Seguimos para Loraine Lake. Saquei que passariamos a maior parte da viagem sentados dentro do ônibus. Teria muito mais tempo para explorar as idéias da Débora, minha companheira de poltrona, do que as montanhas do Canadá. O Loraine Lake é o melhor para tirar fotos. Três malucos, nosso guia, uma Venezuelana e um garoto brasileiro pularam para nadar nas águas geladas do lago. Enquanto isso minhas mãos congelavam tentando não deixar a câmera cair. 

Lake Louise é o mais famoso e fotografado lago do Canada. Margeia o Chateau Lake Louise, um dos mais caros hotéis do país. O lugar estava tão lotado que fugi para dentro do Chateau.


Chegamos em Banff em pleno desfile do Canada day (July 1st) . A parada fechou a rua por onde o Ônibus passaria. Fomos para a rua assistir o tradicional desfile.


Banff está incrustada na montanha. Para evitar especulação imobiliária a prefeitura criou uma lei onde só é possível comprar uma propriedade após três anos de residência na cidade. Em Banff conhecemos o melhor hotel da viagem, com três camas de casal. Em quatro caras, tiramos no palitinho para ver quem dormiria sozinho. Ganhei uma cama de casal só para mim naquela noite. Meus companheiros foram para balada. Aproveitei para filmar o quarto.

O terceiro dia começou com um passeio de Gôndola ao pico de Sulphur Mountain. Do alto podemos ver Banff e a incrível formação montanhosa que nos rodeava. Comigo na Gôndola, o Bruno e o Norton. Os dois cheios da minha insistência em só falar inglês. Para agradá -los, comecei a entrevistá -los com a câmera:
(Eu filmando) This is my friend Norton from Brazil. Hei Norton, say hi to your friends  in Brazil.
(Norton, odiando) Hi
(Eu) Norton lives in Goiás.
( Norton, não acreditando) Mato Grosso.
( Eu) Are you sure? I thought you had told me that your house is
 in...
(Norton, olhando para o outro lado) Mato Grosso.
(Eu) So, Norton lives in Mato Grosso. And here is my friend Bruno, from São Paulo. He lives in Zona Leste. 
(Bruno). Downtown. I live in Downtown.
(Eu filmando) Are you sure?



Pegamos a estrada de Banff à Jasper, passando pelo parque nacional de mesmo nome. A estrada é deslumbrante. Vale muito fazer o trajeto. A estrada é Top Five entre mais belas do mundo.


O trajeto demorou um tanto. A cada vinte minutos parávamos para fotos. O lago do vídeo tinha a água tão azul que parecia um tanque de Gatorade à céu aberto.


Na estrada para Jasper avistamos animais selvagens próximos à pista. Dois ursos. Um preto e um marrom. O Preto (Black Bear) é menos agressivo, se não for uma fêmea com filhotes. No vídeo há pessoas fora do carro perto de um Black Bear, correndo o risco de virar jantar.


O Urso Marrom é chamado no Canada de Grizzly Bear. Pode chegar a quatro metros quando fica de pé. Come tudo o que vê pela frente, inclusive pessoas e outros ursos. É o mais perigoso.


Mais à frente paramos para observar um Alce (Elk) pastando num barranco, próximo a estrada.


Seguindo pela estrada chegamos à base de Columbia Icefileds. Subir a geleira glacial foi o ponto alto do dia. Nunca tinha visto neve, muito menos caminhado sobre uma camada de 300 metros de gelo. Tomamos um ônibus que nos deixou no pé da montanha. Entramos em outro veículo transportador com pneus enormes. Este nos deixou na geleira. O trajeto leva quinze minutos. Andar na geleira foi A experiência.


A cada ano o gelo desliza alguns centímetros montanha abaixo. É a geleira mais acessível do mundo, e a mais estudada pelos cientistas. Enchemos nossos cantis com uma água pura que corria por pequenos riachos ao redor da geleira. O silêncio do lugar sucumbia à falação dos turistas.


Paramos em Jasper por uma hora no final da tarde. Tempo suficiente para conhecer a rua principal. Compramos carne e carvão para um churrasco em Mcbride. Acabou chovendo e o churrasco dançou. Saí à pé pela cidade atrás de algo  para comer.


Quarto dia: Paramos no River Safari, na cidade de Blue River, para um passeio náutico de observação da vida selvagem nas encostas de rios e lagos da região.


O dia estava chuvoso. Entramos por um rio acelerando a lancha. Paramos numa margem para procurar ursos. Vimos dois pretos. Estavam longe, dentro da floresta. Consegui umas imagens. O filhote está no alto da árvore. Foi colocado lá pela mãe para protegê -lo dos Ursos Marrons.


O guia contou que na viagem anterior um Urso marrom atacou uma ursa preta para comer os filhotes. A mãe colocou - os numa árvore. O marrom é pesado e não escala árvores. A mãe lutou com o urso marrom com uma das patas, pendurada no galho como um macaco. Nossa última parada foi em Spahats Falls. Caminhamos pela floresta até um precipício onde há uma cachoeira altíssima que sai de dentro do rochedo.


Demos uma caminhada, tiramos fotos e entramos no ônibus, para encarar as últimas horas de estrada.
Chegamos domingo, quase dez da noite. Rodamos 2.000 quilômetros. Passamos em 5 parques nacionais e dois estados. Conheci ótimas pessoas. Gastei em 4 dias metade de todo dinheiro que levei. Dia seguinte encarei as aulas de inglês. Descansei na segunda à noite. Na terça estava pronto para outra aventura.

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