O prólogo está por um fio. Perambulo entre as palavras, enquanto degusto o picolé de gelo colorido. Sentado no banco, não suspeito estar doente. Desejo poder quebrar alguns dentes.
Em 2008 fiquei de pé, sustentado pelo maxilar e por uma tia rica chamada Sozinha.
Fiz duas lindas viagens. Tirei duas mil lindas fotos. Gastei dois mil lindos reais.
Mamãe ficou mais perto. Obrigado por suas palavras em outubro, Mãe. Aquilo me foi muito raro. Alguma porta abriu e rapidamente se fechou. Sim , também sinto muita falta do Papai.
Desejo a solidão e o espaço. Eis o presente que me darei: Solidão e espaço. Por favor vá embora agora e me deixe em privacidade.
Largo o livro. Estou na cozinha. Cozinho um caldo com camadas cebolíacas da minha vulnerabilidade. Está frio lá fora. O caldo servido aquece meus pés.
Volto ao livro. Num só fôlego, atravesso o vale entre o prólogo e o epílogo. Paro na página quarenta e dois.
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domingo, 28 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Assim é a tática
Minha irmã morou alguns anos em Berlim na década de 90, onde conheceu algumas figuraças. Semana passada, uma dessas entrou em contato: Seu nome é Cornelius Klacek
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Parece que o cara fugiu da guerra da antiga Iugoslávia e foi para França. Poderia conseguir o passaporte Francês como refugiado de guerra, mas seu espírito aventureiro não permitiu que ficasse parado por muito tempo. Andou por França, Alemanha, Espanha, Hungria, Dinamarca, Ilhas Canárias, Brasil, Chile, Peru e Bolívia onde fez muitos amigos.
Nunca viveu mais de dois anos em um único país, e nunca pode voltar para casa, pois seria preso por deserção.
Semana passada minha irmã recebeu email (transcrito abaixo) com este pedido. Ele pede a ela, bem, veja com seus próprios olhos
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