Foto: Monika ao centro. Ao seu lado, Guará e Rose. Festa da Gis, Maio de 07.
Conheci a Monika em 1988, no meu grupo de terapia. Eu havia acabado de perder o papai e estava em uma crise braba. Depois de quebrar móveis em casa, decidi que precisava de ajuda. Cheguei ao Alfrefo Simonetti por indicação de uma amiga em comum. Psicólogo, ex-bancário, carismático e talentoso, seu consultório ficava atrás do Shopping Eldorado. Como eu estava mal, ele sugeriu uma abordagem terapêutica dupla: Individual e em grupo. Também me propôs um pacto de não suicídio. O Alfredo trabalhava com AT (Análise transacional), Meditação dinâmica e Renascimento (técnica de regressão através da hiper-ventilação). O nosso grupo de terapia era o seguinte: A Monika, que trabalhava na escola suíça. A Rosana, que também dava aulas de arte e era meio doidona. A Cris, uma graça de pessoa, sensível, inteligente, morava num apartamento na Pompéia. Era um tipo de mulher que me atraia no início, mas quando eu me aproximava e conhecia o tamanho da carência dela, saía correndo. O João, um dentista briguento, que curtia a minha companhia, (mas eu não estava muito interessado nele). Um judeu gordinho que eu curtia, mas esqueci o nome. E eu, 21 anos, o mais perdido e confuso de todos.