• De Template" style="width: 750px; height: 250px;" />

    Música

    Música

    Música Acústica, Digital, Músicos, Internet, Composições, Gente Interessante

  • De Template" style="width: 750px; height: 250px;" />

    Cognição

    Análise Crítica

    Desenvolvimento Cognitivo, Ensaios, Resenhas, Releituras, Crônica, Prosa e Poesia

  • De Template" style="width: 750px; height: 250px;" />

    Educação

    Educação

    Projetos Pedagógicos, Ciclismo, Política e Cidadania, CAS - IB

  • De Template" style="width: 750px; height: 250px;" />

    Psicologia

    Psicologia

    Ken Wilber, Autoconhecimento, Pathwork, Wilhelm Reich, Spiral Dynamics

  • De Template" style="width: 750px; height: 250px;" />

    Meditação

    Meditação

    Meditação, Espiritualidade, Integral Practice, Budismo, Shambhala

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vancouver - Canadá


Passei 26 dias em Vancouver - Canada estudando inglês.


Sobrou algum tempo para passear e conhecer o lugar. Localizada no extremo oeste do Canada, no estado de British Columbia. Está a uma hora e meia de carro de Seattle, e a uma hora da capital Victória. Clima ameno no verão, a cidade é conhecida pelo ótimo time de Hockey, o Vancouver Canucks.
http://canucks.nhl.com/

A cidade oferece saídas regulares de cruzeiros marítimos até o Alasca. Quem já foi diz que é imperdível. O centro é margeado pelo maior parque urbano do Canadá: O Stanley Park.

O índice de qualidade de vida impressiona. Montanhas com picos nevados a meia hora de belas praias. Arranha – céus de 60 andares em meio a florestas e campos de golfe. O povo é educado e respeitador de leis. A cidade vibra com seus muitos imigrantes e visitantes. Carros respeitam pedestres. Os passageiros dos ônibus conhecem o motorista pelo nome. O motorista, feliz da vida, canta para os passageiros no microfone. Ví a cena inusitada voltando de UBC, no sábado, 9 de julho. Sim, ônibus de linha tem microfone.
Respiro ar puro em Downtown. Cheguei com uma crise de tosse e voltei respirando normalmente.
Há o sentimento de segurança nas ruas. As famílias ocupam os espaços livres. Os mendigos não estão ali. Ficam na estação de trem Waterfront. Embriaguez em público é punida com cadeia. Não existe a possibilidade de se jogar lixo na rua ou atravessar fora da faixa de pedestres. A multa nos dois casos é altíssima. O sistema de transportes públicos é uma lição para São Paulo. Um único bilhete integra metrô (Skytrain), Ônibus e Seabus. Bicicletas são bem – vindas nas três modalidades. Ciclovias e ciclofaixas estão por toda parte.
Desculpe se pareço deslumbrado. Sinto -me um caipira ao escrever essas linhas. Não saía do Brasil há décadas. Desacostumei - me a ver gente educada em grande quantidade.


Mobilidade



A primeira tarefa de qualquer viajante ao chegar é aprender a ir de um lugar para outro. Em Vancouver uma só passagem é usada nas três modalidades de transporte urbano: Skytrain, Ônibus e Seabus. Comprada separadamente custa $ 2,50 para uma zona e $3,75 para duas zonas. O talão com 10 custa $ 31,75. Para o mês inteiro $120. O ticket é válido por uma hora e meia. Com exceção do ticket válido pelo mês inteiro, eles precisam ser validados numa outra máquina. Não há catracas. A entrada é livre. Se o oficial solicitar é preciso mostrar o ticket validado. Esqueci vez ou outra de validar. Se fosse pego, pagaria uma multa altíssima. Por duas vezes me pediram o bilhete, nas centenas que usei o sistema.

Li no jornal que a prefeitura estuda cobrar 5 cents por litro de gasolina de imposto. A verba seria usada para financiar uma nova linha do Skytrain. O Skytrain é um sistema de monotrilho elevado com quatro vagões que cobre numa linha circular toda a região da grande Vancouver. O sistema foi projetado para as olimpíadas de Inverno de 2010. Andei por toda linha circular nos dois sentidos . Dei um rolê completo na cidade e vi tudo de cima. O intervalo entre os trens no horário de pico não chega a um minuto. A bicicleta é bem - vinda todos os dias com exceção dos horário de pico: Entre 7h30 e 9h30 e entre 16h30 e 18h30. No final de semana é liberado. Para chegar a Burnaby eu usava a Expo – Line ou a Millenium Line. Descia na Royal Oak Station. Levava meia hora.






Usei a Canada Line para ir do aeroporto ao centro, quando pousei na cidade. Agindo assim economizei cerca de $100 que é a taxa do translado. Aprenda a usar o Skytrain para ir do Aeroporto ao centro no site.






Usei duas vezes Ônibus. Da segunda vez fui a UBC com a bicicleta. Utilizei o suporte para duas bicicletas que equipa todos os ônibus. As rodas se encaixam numa vala emborrachada. Um braço hidráulico é posicionado verticalmente no pneu dianteiro, travando a Bike. O motorista alerta que a viagem corre por conta e risco do ciclista. O sistema aparenta ser seguro.





O Seabus é um Catamarã com capacidade para 400 pessoas sentadas. Ele atravessa a baía em direção a North Vancouver. Achei a espera um pouco demorada. A travessia de 15 minutos revela outro olhar para Downtown pelo vidro dos fundos O Seabus também oferece espaço para bicicletas, na parte de trás do barco.


http://www.youtube.com/watch?v=Icd5cZEz8oA


Ciclovias



Estão por toda parte. Em Downtown encontramos ciclovias de duas mãos, de mão única, ciclovias paralelas a vias de patins, dentro de parques e ao longo do Skytrain. À princípio achei que a ciclovia do Skytrain acompanhasse toda a extensão da linha. Não acompanha. O Skytrain atravessa um pátio ferroviário próximo a Broadway Street. Para continuar é preciso sair da ciclovia e rastrear a rota até o próximo trecho. Saindo da Royal Oak Station onde eu ficava, era possível chegar até a 29th Station direto pela ciclovia do Skytrain. Para continuar em direção a Downtown meu caminho era seguir à direita pela Slocan Street e entrar à esquerda na ciclovia da Grandview Highway. Ela vai sair na Broadway Station. Virava à direita na Commercial Drive até o viaduto da Terminal Avenue. Atravessar o viaduto era trecho mais perigoso. Seguia reto pela Terminal Avenue até a Main Street/Science World Station. Dali em frente era um festival de ciclovias e ciclofaixas em qualquer direção. No vídeo abaixo, uso a ciclovia do Skytrain no sentido bairro para voltar para casa do Central Park.


O que mais tem em Downtown são as Ciclofaixas. Nas Burrard Street a ciclofaixa está espremida entre os ônibus e os carros. O mais comum, entretanto, é a ciclofaixa tradicional na extrema direita da pista.


Longe do centro reinam as Ciclo – Rotas, sinalizadas em ruas com pouco movimento e paralelas às grandes avenidas. No meu bairro haviam dezenas. Quando voltava para casa pelo lado de West Vancouver usava a ciclo – rota da Victory Street.



Compras

Vancouver é cara. Taxas altas são anunciadas em cada produto ou serviço adquirido. Fiz poucas compras. Em Queensborough há um aglomerado de lojas estilo Outlet próximas à estação 22th avenue da Milenium -line/Skytrain. As lojas rodeiam um estacionamento que é cortado ao meio por uma linha férrea ativa. É como se uma linha de trem cortasse o estacionamento de um Shopping! Os preços ali são mais atraentes se comparados ao centro. A melhor pechincha encontrei na loja da Calvin Klein. O galpão foi vendido e a loja vai fechar as portas assim que o estoque acabar. Levei uma calça por 37 dólares, taxas incluídas. Só não levei mais por falta de espaço na mala. Outra boa opção é a loja da Reebok. Ótimos tênis a partir de 40 dólares. Se você levar um par, ganha 50 % de desconto no segundo. Se levar dois pares , o terceiro sai de graça. Fui de bicicleta e mochila. Veja o vídeo.


Tecnoecologia

O Canada transpira tecnologia. Chamou -me atenção algumas soluções técnicas aplicadas ao cotidiano e ao meio ambiente. Uma ampulheta de plástico está instalada dentro do box do chuveiro da casa onde fiquei, e está calibrada para completar seu ciclo em 10 minutos. Ajuda a não desperdiçar água no banho. Alguns banheiros públicos possuem duas válvulas de descarga. Uma para resíduos líquidos (com vazão de pouca água) e outra para resíduos sólidos. Outras válvulas, como as do aeroporto, detectam automaticamente o momento de acionar o fluxo d'água. Os jornais são oferecidos de graça a população e contam com uma rede de contêineres para reciclagem de papel de jornal. Estão por toda a cidade. O asfalto é liso. Para bicicleta isso faz uma enorme diferença. Há sinais sonoros para deficientes visuais nas áreas de travessia de pedestres, próximo aos semáforos. Os sinais são diferentes quando indicam caminho livre a direita ou a esquerda. Há um paraciclo por esquina na cidade. Mas este me impressionou demais: Próximo ao Vancouver Art Gallery há uma escadaria adaptada para uso compartilhado para cadeira de rodas e pedestres comuns. Design simples e genial. Veja no vídeo.


Para não dizer que só falei das flores

Passado o deslumbramento inicial, começamos a perceber que nem tudo são flores em Vancouver. Há mendigos e usuários de drogas nas ruas que costumam pedir dinheiro. Não foram violentos comigo. Há brigas de faca entre Gangs de jovens entediados e eventuais ataques de Urso. O Vancouver Canucks perdeu em casa o título da Stanley Cup para o Boston Bruins. Tragédia comparada à perda da Copa de 50 para o Uruguai. Naquela noite hordas de torcedores depredaram lojas, numa baderna que ficou conhecida na cidade como The Riot. Nas semanas seguintes discutiu - se no rádio se os baderneiros identificados deveriam arcar com custos do quebra quebra. Há muito roubo de bicicleta, me disseram. Não vi nada nem tive problemas. Há poucos banheiros, sempre pequenos e com filas. A alimentação dos Canadenses, assim como a dos Americanos, não é saudável. Ou você gasta muito ou come mal. Ônibus e Skytrain podem ficar muito lotados nos horários de pico. Em três semanas, consegui ir sentado uma única vez da minha estação até o centro, por volta das 7h. Fugi dos turistas brasileiros. Estão por toda parte, sempre achando que você está a fim de bater um papinho em português.

Diários

Resolvi filmar os lugares que visitei, na medida do possível. Conversava com a câmera, na ilusão de estar acompanhado por você que está assistindo o vídeo. Gravava quando ia conhecer o lugar. Queria registrar a surpresa, a exploração. Uma tarde saí de bicicleta para explorar vielas e ciclovias no centro. Fui me embrenhando sem saber onde estava indo. Sem querer dei no Stanley Park e me meti numa floresta de coníferas. Só eu, a natureza e o silêncio milenar. Veja o vídeo


A estradinha de terra deu numa estrada maior, próximo a um gramado onde, surpreso, descobri um festival de música Folk. Assista:


Fiz mais de 100 vídeos como esses, usando ou o celular ou a câmera Sony da Gis. Postei uma seleção no meu canal Youtube: 
 

Registrei por exemplo meus passeios de turista no Vancouver Lookout



No Mercado Público de Granville Island

http://www.youtube.com/watch?v=C6i0Yw8mYYs


Na histórica Gastown


Usei as câmeras também para gravar um diário. Relatar detalhes do dia a dia. Gravava no meu quarto, ou pedalando pela cidade. Falava sozinho, refletia sobre as coisas que via e sobre as coisas como são no Brasil. Postei alguns no Youtube. Posto abaixo o primeiro e o último diário. A chegada, as primeiras impressões.

A partida. Arrumação, limpeza e a reflexão final.

Encontrei um colega do curso de inglês no último dia. Ele vai ficar no Canadá até novembro. Disse a ele que o invejava e que gostaria de ficar mais tempo. Mentira. Um mês longe de casa e a minha fatura tinha vencido. Saudades de montão. Falar com a Gis no Skype já não bastava.


 A Saudade do Brasil durou até entrar no último avião, de Toronto a São Paulo, onde só haviam brasileiros. Aquela bagunça peculiar e as piadinhas. Respirei fundo, pensei na Gis, na minha família e nas pessoas que são parte da minha vida. Nas minhas responsabilidades. Lembrei daquele adesivo: Não mude do Brasil: Ajude a mudar o Brasil.Virei para o lado e tentei dormir. 
Nas próximas quatro postagens vou contar como foi explorar a cidade de Bike, vou falar sobre o curso de inglês, sobre os parques, sobre as Rocky Mountains e sobre os passeios culturais de Vancouver. Se você está indo para lá não deixe de ler. Não poderia terminar sem agradecer em especial ao Bernhard, meu diretor. Sem o seu suporte essa viagem não teria sido possível.

Hugs

5 comentários:

Bruna Veloso disse...

Olá André! Seus comentários sobre Van são ótimos e mais realidade aqui seria difícil! Fiquei um tempo por lá em 2004 e agora volto pra passar alguns anos... Irresistível! Só uma nota: o Skytrain nao foi projetado pra olimpíada... Qdo fui já tinha, entao pesquisei aqui e o sistema inaugurou em 1985! Cheers!

Anônimo disse...

Muito bom seu blog! Comecei a ver seus vídeos no YT... preciso de tempo! haha
O que me chamou a atenção é que vc não é adolescente, assim como eu. Eu só encontrava vlogs de adolescentes e isso me desestimulava um pouco. Estou querendo ir ao Canadá ano que vem, acho que para Victoria. Vamos ver se dá certo.

Abraços!

E obrigada por compartilhar tantas coisas bacanas!

Andre Barreto disse...

Oi Bruna! Boa sorte na nova etapa. Faz uns quatro meses que cheguei e está batendo uma saudade daí...Sobre o Skytrain: Sim, ele é da década de 90. Mas a linha que serve o aeroporto foi feita para as olimpíadas de inverno, Talvez não tenha sido claro. Bjos e good luck!

Alicia disse...

Oi André! Adorei o blog. Vou estudar na ILAC de Vancouver em maio do ano que vem. O que achou do Power English? Alguma dica pro curso?
Abraço!

Andre Barreto disse...

Olá Alicia! Desejo toda sorte e sucesso para vc em Vancouver! O Power English é ótimo, mas é puxado. Lembre - se que vc terá bastante lição de casa já. A não ser que realmente esteja focada em estudar e não se importe em ser a única brasileira numa classe cheia de chineses, japoneses e coreanos, vá fundo.
Na verdade, as pessoas mais incríveis que conheci eram daquelas bandas. Dá uma olhada na postagem "Duddes" para dicas de professores. Cheers!