Sobrou
algum tempo para passear e conhecer o lugar.
Localizada no extremo oeste do Canada, no estado de British Columbia.
Está a uma hora e meia de carro de Seattle, e a uma hora da capital
Victória. Clima ameno no verão, a cidade é conhecida pelo ótimo
time de Hockey, o Vancouver Canucks.
http://canucks.nhl.com/
A cidade oferece saídas regulares de cruzeiros marítimos até o Alasca. Quem já foi diz que é imperdível. O centro é margeado pelo
maior parque urbano do Canadá: O Stanley Park.
O índice
de qualidade de vida impressiona. Montanhas com picos nevados a meia
hora de belas praias. Arranha – céus de 60 andares em meio a
florestas e campos de golfe. O povo é educado e respeitador de leis.
A cidade vibra com seus muitos imigrantes e visitantes. Carros
respeitam pedestres. Os passageiros dos ônibus conhecem o motorista
pelo nome. O motorista, feliz da vida, canta para os passageiros no
microfone. Ví a cena inusitada voltando de UBC, no sábado, 9 de
julho. Sim, ônibus de linha tem microfone.
Respiro ar
puro em Downtown. Cheguei com uma crise de tosse e voltei respirando normalmente.
Há o sentimento de segurança nas ruas. As famílias ocupam os espaços
livres. Os mendigos não estão ali. Ficam na estação de trem
Waterfront. Embriaguez em público é punida com cadeia. Não existe a possibilidade de se jogar lixo na rua ou
atravessar fora da faixa de pedestres. A multa nos dois casos é
altíssima. O sistema de transportes públicos é uma lição para
São Paulo. Um único bilhete integra metrô (Skytrain), Ônibus
e Seabus. Bicicletas são bem – vindas nas três modalidades.
Ciclovias e ciclofaixas estão por toda parte.
Desculpe
se pareço deslumbrado. Sinto -me um caipira ao escrever essas
linhas. Não saía do Brasil há décadas. Desacostumei - me a ver gente educada em grande quantidade.
Mobilidade
A primeira tarefa de qualquer viajante ao chegar é aprender a ir de um lugar para outro. Em Vancouver uma só passagem é usada nas três modalidades de transporte urbano: Skytrain, Ônibus e Seabus. Comprada separadamente custa $ 2,50 para uma zona e $3,75 para duas zonas. O talão com 10 custa $ 31,75. Para o mês inteiro $120. O ticket é válido por uma hora e meia. Com exceção do ticket válido pelo mês inteiro, eles precisam ser validados numa outra máquina. Não há catracas. A entrada é livre. Se o oficial solicitar é preciso mostrar o ticket validado. Esqueci vez ou outra de validar. Se fosse pego, pagaria uma multa altíssima. Por duas vezes me pediram o bilhete, nas centenas que usei o sistema.
O Seabus é
um Catamarã com capacidade para 400 pessoas sentadas. Ele atravessa
a baía em direção a North Vancouver. Achei a espera um pouco demorada. A travessia de 15 minutos revela outro olhar para Downtown pelo vidro dos fundos O Seabus também oferece espaço para bicicletas, na parte de trás do barco.
Mobilidade
A primeira tarefa de qualquer viajante ao chegar é aprender a ir de um lugar para outro. Em Vancouver uma só passagem é usada nas três modalidades de transporte urbano: Skytrain, Ônibus e Seabus. Comprada separadamente custa $ 2,50 para uma zona e $3,75 para duas zonas. O talão com 10 custa $ 31,75. Para o mês inteiro $120. O ticket é válido por uma hora e meia. Com exceção do ticket válido pelo mês inteiro, eles precisam ser validados numa outra máquina. Não há catracas. A entrada é livre. Se o oficial solicitar é preciso mostrar o ticket validado. Esqueci vez ou outra de validar. Se fosse pego, pagaria uma multa altíssima. Por duas vezes me pediram o bilhete, nas centenas que usei o sistema.
Li no
jornal que a prefeitura estuda cobrar 5 cents por litro de gasolina
de imposto. A verba seria usada para financiar uma nova linha do
Skytrain. O Skytrain é um sistema de monotrilho elevado com quatro
vagões que cobre numa linha circular toda a região da grande
Vancouver. O sistema foi projetado para as olimpíadas de Inverno de
2010. Andei por toda linha circular nos dois sentidos . Dei um rolê completo na cidade e vi tudo de cima. O intervalo entre os trens
no horário de pico não chega a um minuto. A bicicleta é bem -
vinda todos os dias com exceção dos horário de pico: Entre 7h30 e
9h30 e entre 16h30 e 18h30. No final de semana é liberado. Para
chegar a Burnaby eu usava a Expo – Line ou a Millenium Line. Descia
na Royal Oak Station. Levava meia hora.
Usei a
Canada Line para ir do aeroporto ao centro, quando pousei na cidade.
Agindo assim economizei cerca de $100 que é a taxa do translado. Aprenda a usar o Skytrain para ir do Aeroporto ao centro no site.
Usei duas
vezes Ônibus. Da segunda vez fui a UBC com a bicicleta. Utilizei
o suporte para duas bicicletas que equipa todos os ônibus. As rodas se encaixam numa vala emborrachada. Um braço hidráulico é
posicionado verticalmente no pneu dianteiro, travando a Bike. O
motorista alerta que a viagem corre por conta e risco do ciclista. O sistema
aparenta ser seguro.
http://www.youtube.com/watch?v=Icd5cZEz8oA
Ciclovias
Ciclovias
Estão por
toda parte. Em Downtown encontramos ciclovias de duas mãos, de mão
única, ciclovias paralelas a vias de patins, dentro de parques e ao longo do Skytrain. À princípio achei
que a ciclovia do Skytrain acompanhasse toda a extensão da linha.
Não acompanha. O Skytrain atravessa um pátio ferroviário próximo a
Broadway Street. Para continuar é preciso sair da ciclovia e rastrear a rota
até o próximo trecho. Saindo da Royal Oak Station onde eu ficava, era possível chegar até a 29th Station direto pela ciclovia do
Skytrain. Para continuar em direção a Downtown meu caminho era
seguir à direita pela Slocan Street e entrar à esquerda na ciclovia
da Grandview Highway. Ela vai sair na Broadway Station. Virava à
direita na Commercial Drive até o viaduto da Terminal Avenue. Atravessar o viaduto era trecho mais perigoso. Seguia reto pela Terminal Avenue até
a Main Street/Science World Station. Dali em frente era um festival
de ciclovias e ciclofaixas em qualquer direção. No vídeo abaixo,
uso a ciclovia do Skytrain no sentido bairro para voltar para casa do
Central Park.
O que mais
tem em Downtown são as Ciclofaixas. Nas Burrard Street a ciclofaixa está espremida entre os ônibus e os carros. O mais comum, entretanto, é a ciclofaixa tradicional na extrema direita da
pista.
Longe do
centro reinam as Ciclo – Rotas, sinalizadas em ruas com pouco
movimento e paralelas às grandes avenidas. No meu bairro haviam
dezenas. Quando voltava para casa pelo lado de West Vancouver usava a ciclo –
rota da Victory Street.
Compras
Vancouver é cara. Taxas altas são anunciadas em cada produto ou serviço adquirido. Fiz poucas compras. Em Queensborough há um aglomerado de lojas estilo Outlet próximas à estação 22th avenue da Milenium -line/Skytrain. As lojas rodeiam um estacionamento que é cortado ao meio por uma linha férrea ativa. É como se uma linha de trem cortasse o estacionamento de um Shopping! Os preços ali são mais atraentes se comparados ao centro. A melhor pechincha encontrei na loja da Calvin Klein. O galpão foi vendido e a loja vai fechar as portas assim que o estoque acabar. Levei uma calça por 37 dólares, taxas incluídas. Só não levei mais por falta de espaço na mala. Outra boa opção é a loja da Reebok. Ótimos tênis a partir de 40 dólares. Se você levar um par, ganha 50 % de desconto no segundo. Se levar dois pares , o terceiro sai de graça. Fui de bicicleta e mochila. Veja o vídeo.
Tecnoecologia
O Canada
transpira tecnologia. Chamou -me atenção algumas soluções
técnicas aplicadas ao cotidiano e ao meio ambiente. Uma ampulheta de
plástico está instalada dentro do box do chuveiro da casa onde
fiquei, e está calibrada para completar seu ciclo em 10 minutos.
Ajuda a não desperdiçar água no banho. Alguns banheiros públicos
possuem duas válvulas de descarga. Uma para resíduos líquidos
(com vazão de pouca água) e outra para resíduos sólidos. Outras válvulas, como as do aeroporto, detectam automaticamente o momento de acionar o fluxo d'água. Os
jornais são oferecidos de graça a população e contam com uma rede
de contêineres para reciclagem de papel de jornal. Estão por toda a
cidade. O asfalto é liso. Para bicicleta isso faz uma enorme
diferença. Há sinais sonoros para deficientes visuais nas áreas de
travessia de pedestres, próximo aos semáforos. Os sinais são
diferentes quando indicam caminho livre a direita ou a esquerda. Há
um paraciclo por esquina na cidade. Mas este me impressionou demais:
Próximo ao Vancouver Art Gallery há uma escadaria adaptada para uso
compartilhado para cadeira de rodas e pedestres comuns. Design
simples e genial. Veja no vídeo.
Para não
dizer que só falei das flores
Passado o
deslumbramento inicial, começamos a perceber que nem tudo são
flores em Vancouver. Há mendigos e usuários de drogas nas ruas que
costumam pedir dinheiro. Não foram violentos comigo. Há brigas de faca entre Gangs de jovens entediados e eventuais ataques de Urso. O Vancouver Canucks perdeu em casa o título da Stanley Cup para o Boston Bruins. Tragédia comparada à perda da Copa de 50 para o Uruguai. Naquela noite hordas de torcedores depredaram lojas, numa baderna que ficou conhecida na cidade como The Riot. Nas semanas seguintes discutiu - se no rádio se os baderneiros identificados deveriam arcar com custos do quebra quebra. Há muito roubo de bicicleta, me disseram. Não vi nada nem tive problemas.
Há poucos banheiros, sempre pequenos e com filas. A alimentação dos Canadenses, assim como a dos Americanos, não é saudável. Ou você gasta muito ou come mal. Ônibus e Skytrain podem ficar muito lotados nos horários de pico. Em três semanas, consegui ir sentado uma única vez da minha estação até o centro, por volta das 7h. Fugi dos
turistas brasileiros. Estão por toda parte, sempre achando
que você está a fim de bater um papinho em português.
Diários
Resolvi filmar os lugares que visitei, na medida do
possível. Conversava com a câmera, na ilusão de estar acompanhado
por você que está assistindo o vídeo. Gravava quando ia conhecer o
lugar. Queria registrar a surpresa, a exploração. Uma tarde saí de
bicicleta para explorar vielas e ciclovias no centro. Fui me
embrenhando sem saber onde estava indo. Sem querer dei no Stanley
Park e me meti numa floresta de coníferas. Só eu, a natureza e o
silêncio milenar. Veja o vídeo
A
estradinha de terra deu numa estrada maior, próximo a um gramado
onde, surpreso, descobri um festival de música Folk. Assista:
Fiz mais de 100
vídeos como esses, usando ou o celular ou a câmera Sony da Gis. Postei uma seleção no meu canal Youtube:
Registrei por exemplo meus passeios de turista no Vancouver Lookout
No Mercado Público de Granville Island
http://www.youtube.com/watch?v=C6i0Yw8mYYs
Na
histórica Gastown
Usei as
câmeras também para gravar um diário. Relatar detalhes do dia a
dia. Gravava no meu quarto, ou pedalando pela cidade. Falava sozinho, refletia sobre as coisas que via e sobre as coisas como são no Brasil. Postei alguns no Youtube. Posto abaixo o primeiro e o último diário. A chegada, as primeiras impressões.
A partida. Arrumação, limpeza e a reflexão final.
Encontrei
um colega do curso de inglês no último dia. Ele vai ficar no Canadá até novembro. Disse a ele que o invejava e que
gostaria de ficar mais tempo. Mentira. Um mês longe de casa e a minha fatura tinha vencido. Saudades de montão. Falar com
a Gis no Skype já não bastava.
A Saudade do Brasil durou até
entrar no último avião, de Toronto a São Paulo, onde só haviam
brasileiros. Aquela bagunça peculiar e as piadinhas. Respirei
fundo, pensei na Gis, na minha família e nas pessoas que são parte
da minha vida. Nas minhas responsabilidades. Lembrei daquele adesivo: Não mude do Brasil:
Ajude a mudar o Brasil.Virei para o lado e tentei dormir.
Nas próximas quatro postagens vou contar como foi explorar a cidade de Bike, vou falar sobre o curso de inglês, sobre os parques, sobre as Rocky Mountains e sobre os passeios culturais de Vancouver. Se você está indo para lá não deixe de ler. Não poderia terminar sem agradecer em especial ao Bernhard, meu diretor. Sem o seu suporte essa viagem não teria sido possível.
Nas próximas quatro postagens vou contar como foi explorar a cidade de Bike, vou falar sobre o curso de inglês, sobre os parques, sobre as Rocky Mountains e sobre os passeios culturais de Vancouver. Se você está indo para lá não deixe de ler. Não poderia terminar sem agradecer em especial ao Bernhard, meu diretor. Sem o seu suporte essa viagem não teria sido possível.
Hugs
5 comentários:
Olá André! Seus comentários sobre Van são ótimos e mais realidade aqui seria difícil! Fiquei um tempo por lá em 2004 e agora volto pra passar alguns anos... Irresistível! Só uma nota: o Skytrain nao foi projetado pra olimpíada... Qdo fui já tinha, entao pesquisei aqui e o sistema inaugurou em 1985! Cheers!
Muito bom seu blog! Comecei a ver seus vídeos no YT... preciso de tempo! haha
O que me chamou a atenção é que vc não é adolescente, assim como eu. Eu só encontrava vlogs de adolescentes e isso me desestimulava um pouco. Estou querendo ir ao Canadá ano que vem, acho que para Victoria. Vamos ver se dá certo.
Abraços!
E obrigada por compartilhar tantas coisas bacanas!
Oi Bruna! Boa sorte na nova etapa. Faz uns quatro meses que cheguei e está batendo uma saudade daí...Sobre o Skytrain: Sim, ele é da década de 90. Mas a linha que serve o aeroporto foi feita para as olimpíadas de inverno, Talvez não tenha sido claro. Bjos e good luck!
Oi André! Adorei o blog. Vou estudar na ILAC de Vancouver em maio do ano que vem. O que achou do Power English? Alguma dica pro curso?
Abraço!
Olá Alicia! Desejo toda sorte e sucesso para vc em Vancouver! O Power English é ótimo, mas é puxado. Lembre - se que vc terá bastante lição de casa já. A não ser que realmente esteja focada em estudar e não se importe em ser a única brasileira numa classe cheia de chineses, japoneses e coreanos, vá fundo.
Na verdade, as pessoas mais incríveis que conheci eram daquelas bandas. Dá uma olhada na postagem "Duddes" para dicas de professores. Cheers!
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