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quinta-feira, 8 de julho de 2010

É o que vale

Soube através de uma ex – cliente em comum que Maria Célia Ramos Pinto, a Tuca, faleceu de câncer em São Paulo, em meados de maio de 2010. Fomos colegas na formação para facilitadores da Pathwork São Paulo, entre 1998 e 2005.
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Mais que colega, a Tuca foi amiga e foi mestra. Uma referência para mim e para o nosso grupo durante os nossos sete anos de convivência.
Em especial nos três anos do curso de formação para facilitadores em Pathwork. Sei que esse sentimento não é só meu. Ela era amada por todos nós. Possuía brilho próprio, uma faísca que a fazia vítima recorrente de invejas mal trabalhadas. Generosa, brindava - nos com diamantes de sua larga vivência. Foi mais referência para aquele grupo do que os líderes que ali estavam e que deveriam cumprir essa função. Quando falava, tinha um vício de linguagem. Começava sempre com Tem um lugar...  Que lugar? eu pensava. De que lugar ela está falando? Falava de si, de lugares e paisagens dentro dela. De seus conflitos e lutas e descobertas e dramas e alegrias e rancores e de tudo que acontecia nos lugares. O grupo, encantado, a seguia pela paisagem ali revelada. Na hora de falar, inevitavelmente  copiávamos: Tem um lugar.... Difícil ser honesto, intenso ou íntegro como Tuca era.
Não pertenço mais ao tal grupo, que por sinal ainda existe. Saí em 2005 ao nos confrontarmos com diferenças ético - filosóficas irreconciliáveis. Isso nos afastou. A Tuca amava esse trabalho muito mais do que eu, e pagou o seu preço para continuar a ele vinculada. Lamento que ninguém do Pathwork São Paulo tivesse a grandeza ou o cuidado de me comunicar sua morte. Lamento ainda mais que sua morte não tenha sido sequer mencionada no seu site. Lamento. Mas não me surpreendo. O Pathwork São Paulo significava muito para ela. Aparentemente ela não significava tanto para o Pathwork São Paulo. Ou ainda: O pessoal  deve ter estado tremendamente ocupado tentando ganhar dinheiro (coisa que a Tuca, como psicóloga e como terapeuta fazia melhor do que todos nós).
Mas não importa:  Ela fez sua entrega para este caminho e foi iluminada por este ato. É o que vale, no fim das contas. Atuava desde 2001 como conselheira do Pathwork em São Paulo, Joinvile e Curitiba. Sua casa era cheia de plantas, de arte e de vida. Sua família, que ela amava tanto (e não se cansava de repetir) era linda demais. Moravam em Pinheiros. Não sei detalhes sobre como tudo aconteceu, mas sei isso, com certeza: A história da doença da Eva Pierrakos a inspirou no período final de sua própria doença. Sei que ela fez da doença uma oportunidade para o seu aperfeiçoamento senão do corpo, de sua rara alma. 
Sei que aproveitou seu tempo final para fechar todos os compromissos com esta vida. 
Para, liberada de tudo, voar em direção ao espírito, tema de tantas de nossas conversas.
Faltou dizer adeus para mim.
Querida companheira: Muito me honra ter cruzado o seu caminho.
Em nome do nosso grupo, agradeço por tudo o que você nos ensinou.
Em especial, obrigado por tudo que você me mostrou.
Retomando um de nossos papos, agora você já sabe como é que é estar aí.
Com amor. Até breve.
Andre Barreto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito obrigada por suas palavras..não tinha visto antes, foi bom ler e ver seu cuidado com minha mãe.

Anônimo disse...

Somente a poucos dias atrás ... recebi via Email o link de seu blog ... com o seguinte comentário -"Pai dê uma olhada " Chorei ....e ... senti a necessidade de postar algumas palavras. Tenho me empenhando (ao viver sentimentos tão intensos ,e na medida do possível)em não ser 'reativo', acolher o sentir ,ir dormir com esse sentir e acordar. No dia seguinte e por vezes mais ver o que se mostra .Menos por evitação de ações emocionalmente intempestivas e mais por crer que realmente são muitos os vínculos e nos relacionamos em múltiplos níveis e planos de consciência .Chamo aos meus clientes de "digerir com todos os corpos ..." Agora....o choro se repete. Não são as mesmas lágrimas....não há contração e sim expressão e expansão e o mesmo sentir. E lhe digo .Também sinto como meus muitos dos sentimentos que você dá conta em sua fala. Comentei com minha filha (essa que me mandou o link de seu blog)a ânsia de resposta para muitos ... e ela me disse -"Pai vamos fazer como a Mamãe... escolher ficar com a energia e a parte boa" ... Quiz então dizer a você ... André,obrigado..... estar na verdade é muito bom ... muito obrigado . Esse é um bom caminho... Edson Verdun.

Andre Barreto disse...

Queridos amigos: Se precisar estou aqui. Forte abraço. Andre

Anônimo disse...

André,

Só hoje vi esse comentário que você escreveu sobre o Pathwork. Não quero te julgar, não sei o problema que você teve o com quem teve na Comunidade. Acho que você teria que rever isso com essa ou essas pessoas pois o que você fala no seu comentário não representa o Pathwork São Paulo em sua totalidade.
Não seria justo eu ficar quieta após ler o seu comentário.
Você também deveria rever a sua responsabilidade em saber como andam os seus amigos. Você se comunica e se preocupa com as pessoas de quem você gosta?
A Comunidade do Pathwork São Paulo, divulgou o falecimento da Tuca sim. Eu não a conhecia, mas participei de várias emanações de amor e luz para ela durante o tempo em que ela ficou doente, nos módulos da minha formação de Facilitadora, quando todas as nossas professoras se uniam nesses momentos.
Acabei por conhecê-la numa festa de encerramento de fim ano, onde ela foi aguardada e recebida com muito amor e carinho por todos.

Zilá Maria
Facilitadora