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domingo, 17 de outubro de 2010

3,2,1, Éter!


Foto: Diane Hamilton


Abri o e-mail bem tarde ontem, e anotei o endereço e o horário. Hoje, despido de expectativas, fui me encontrar com a Diane Hamilton.


Co- fundadora do Integral Institute, é a sua primeira vez no Brasil. Ex seguidora do Choygam Trungpa Rinpoche, Diane é a segunda na linhagem do monge Zen Genpo Roshi, criador da técnica Big Mind - Big Heart.

http://www.integralinstitute.org/


Você deve estar se perguntando porque sua vinda ao Brasil é relevante. Diane está no time que Ken Wilber escalou no seu esperadíssimo Integral Life Practice.


Uma seleção de práticas corporais, mentais e espirituais com o que há de mais avançado em desenvolvimento humano. Pautada pelas mais recentes pesquisas cientificas. Esta série de práticas é uma antiga cobrança da comunidade em torno de Ken. Está sendo aguardada há décadas. Para os interessados na consciência humana é um dia histórico. Ken Wilber descreve a técnica Big Mind como o mais rápido acesso à mente não – dual.
Éramos 30 ou 40. Miss Hamilton no centro. Ao seu lado, o marido, Michael Zimermman também monge Budista, alguns vasos com plantas, um sol manso entrando pelos janelões, dois músicos sentados no chão. O belo espaço do estúdio Yoga Flow nos acolhendo


Haviam alguns conhecidos. Alunos do Ari Raynsford, o próprio Ari e sua esposa http://www.ariray.com.br/


Alunos de Yoga da escola. O pessoal da ONG dobem http://www.dobem.org.br/

Um cara perto de mim segurava o livro O caminho da auto -transformação, da Eva Pierrakos.
Senti a ausência do Frederico Porto http://www.fredericoporto.com.br/
Foi quem me avisou sobre este evento. 

Também esperava encontrar o Felipe Amorim http://www.yogaflow.com.br/terapeutas.asp   Meu parceiro em estudos de Ken Wilber e no grupo de meditação Shambhala.

Antes de começar, Diane sugeriu a programação do dia. De manhã, Big Mind e uma discussão sobre níveis de consciência. À tarde, 3,2,1 Practice (Sua técnica de trabalho com a sombra).

Para Diane a busca espiritual é procurar ver a realidade como ela é. A habilidade de assumir perspectivas é central ao crescimento, em sua visão. Posiciona -se em concordância com Wilber, para quem o desenvolvimento cognitivo (ou de perspectivas) é crucial no desenvolvimento humano.
Fiquei arrebatado com sua beleza, simplicidade e alegria. É maravilhoso poder estar perto de uma pessoa como Diane Hamilton.
Começamos com a técnica Big Mind. Diane foi evocando as diversas sub – personalidades (ou camadas de consciência). O controlador, o cético, o self, e finalmente Big Mind – Big Heart. Ao evocá -los, Diane os desconstrói. Desarma - os. Vamos nos desnudando, descascando a cebola até a nudez total. Até a expansão final de consciência apelidada por Genpo Roshi de Big Mind. O seu feeling permeia a sala, que agora está extática. Pacífica. Introspectiva. 
  A percepção da unidade, continuou Diane, é muito simples. Choygam Trungpa Rinpoche dizia que Big Mind é a maior decepção que o Ego pode ter. Após toda uma vida de busca não há nenhum glamour no final da estrada. Não há tapetes vermelhos ou fogos de artifício. Nada além do que há aqui e agora. O nosso Self usufrui a liberdade que Big Mind oferece, mas não pode segui -lo por muito tempo. O Self não pode se render a Big Mind. Tudo o que o Self sabe fazer é ficar insatisfeito. Esse é seu trabalho, definiu.

O que acontece a nós no estado de Big Mind? Nosso coração se abre naturalmente e somos tomados pelo sentimento infinito de compaixão por todos os seres. É o Big Heart, explicou.
 
Para ilustrar Big Heart, Diane Hamilton nos confidenciou algo de sua vida pessoal. Um caso familiar muito triste. Lágrimas desceram por sua face, tocando com delicadeza a todos os presentes.

Outros assuntos pautaram o final da manhã. A dualidade (falsa) entre iluminação e vida cotidiana. Podemos usufruir da vida, da sensualidade, até de um jogo de futebol no estado de Big Mind. Não há incompatibilidade. Estamos ainda presos à visão ascética de iluminação. Em Big Mind, explicou, usufruímos do mundo num estado livre da identificação do ego. 

Depois do almoço, trabalhamos nossas sombras com o 3,2,1 Practice. O tema sombra está na crista da onda, disse o Ari Raynsford. É o trabalho mais contemporâneo que há. A sombra é um termo Junguiano que se refere a tudo aquilo que rejeitamos e jogamos no depósito de lixo da nossa psique: O nosso inconsciente pessoal. 
   
Diane abriu a atividade com uma historinha. Contou que em Los Angeles há um museu sobre preconceito racial. E que há ali duas portas de entrada. A da direita tem uma placa onde está escrito: Entrada para quem tem preconceito racial. A porta da esquerda tem outra placa onde está escrito: Entrada para quem não tem preconceito racial. Só que quando tentamos entrar pela porta da esquerda, descobrimos que ela está trancada! Assim é com nossa sombra. A porta da esquerda está trancada. Não existem usuários.

Diane falou da liberação energética que ocorre quando integramos a sombra. Chamou atenção para o volume das vozes e para a imensa carga energética que atravessava a sala durante o trabalho. Convidou a todos a reivindicar esta energia para si, para uso consciente.
 
O 3,2,1 Practice reintegra nossas projeções (no sentido psicanalítico) através de três perspectivas/Quadrantes. A novidade é a forma, não o conteúdo. Há a batuta de Ken Wilber e seus quadrantes (ou perspectivas). O método faz o caminho inverso de todas as projeções (Sentido sujeito -  objeto). Parte do objeto (terceira pessoa - quadrantes direitos), atravessa a segunda pessoa ( quadrante inferior esquerdo) e deságua no sujeito (primeira pessoa - quadrante superior esquerdo).
   
Em duplas, fomos convidados a colocar a mão na massa.
Pratiquei o 3,2,1 com o cineasta Paulo Schultz

Ele está finalizando o documentário : O Eu Maior: Uma reflexão sobre auto – conhecimento e felicidade. O link abaixo vale uma visita


Quase acabando, perguntei se essa técnica poderia ser aplicada na área de educação. Diane explicou que a técnica pode ser especialmente útil em casos de Bullying. O autor do Bullying é um com a vítima. Abuso de poder e vulnerabilidade andam de mãos dadas, concluiu.

No Youtube há o que explorar, sempre em inglês. No primeiro link Diane Hamilton discorre sobre a relação entre iluminação e evolução. Vale para vê -la em ação. Hoje ela está mais velha, mais suave que no vídeo.


Neste áudio Diane explica  o 3,2,1 Practice


Neste último, Genpo Roshi explica a técnica do Big Mind Big Heart


Abraços.

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