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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A bola da vez


Mudei da zona sul para o centro de São Paulo. Tudo muito rápido. A coisa fluiu e num piscar de olhos estava no centro da cidade. Morava ao lado do meu trabalho há um mês. Agora estou a 13 km da minha zona de conforto.
Parece perto. Mas a sensação é de morar em outra cidade. E além dos quilometros que nos separam, há os carros. Muitos carros. Para chegar ao meu trabalho, agora é assim: Duas caminhadas de dois quilômetros + uma linha de ônibus rápido. Ou ainda: Uma pequena caminhada + uma linha de ônibus que demora. Em média, levo uma hora e meia para chegar. Tinha na bike meu principal meio de transporte. A opção por não ter carro ainda está à pé, digo, de pé (Vamos ver quanto tempo você agüenta no lotação, disse um amigo meu). A mudança de casa explica o meu sumiço deste Blog. Continuo sem acesso à internet. Ela já funciona lá em casa, mas não na minha estação de trabalho. Na verdade, ainda não tenho minha estação de trabalho. Está tudo desmontado, no chão, esperando por tempo (e dinheiro) para ser remontado.  Estou com a maior parte das minhas coisas encaixotadas.

Voltei a trabalhar dois dias depois de me mudar. Escrevo do antigo PC da minha irmã, no apartamento da minha mãe. Vai ser assim por um tempo, ainda não sei por quanto.

A paisagem, a fauna humana, os prédios históricos, tudo é meio novo, diferente e interessante. É muito legal sair à pé e ter tudo à mão, a qualquer hora do dia ou da noite. O centro de São Paulo me intimida. Me desnuda na minha pequenez. Sou mais um glóbulo na corrente branca da cidade. Sou mais uma formiguinha. Não é uma metáfora. Sou de fato uma formiguinha.

Acredito que somos definidos pelos nossos atos e não pelo discurso. O Donovan (Thesenga) me disse uma vez: “Desistimos muito rápido das pessoas com as quais nos relacionamos”. 

Vejam minha situação. Estou casado com a Gis há doze anos e meio. Ao mudar para o centro, fiz minha opção. Acolhí o movimento interno (e externo) da minha companheira. Para ela, morar no centro é muito melhor. Ela tem todos os motivos. Profissionais e pessoais. Poderia muito bem morar sozinho e continuar perto do meu trabalho. Pesamos essa possibilidade. A vontade de ficar junto, entretanto, pesou mais. Sempre moramos perto do meu trabalho. Ela sempre ficou no prejuízo. 
Agora é a minha vez de encarar o pesado. Agora sou a bola da vez. Será que aguentarei?
Abraços. 

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