Fonte imagem: http://9gag.com/
Já
escrevi aqui sobre como a meditação pode ser uma ferramenta exemplar para os alunos lidarem melhor com stress
escolar. Gostaria de ter mais tempo para desenvolver um projeto assim
na escola. Mesmo assim, tive a chance de ensinar o básico para um grupo de 25 alunos de 10 a 13 anos. No final de junho a
escola nos convidou a dar uma oficina diferente para as crianças, já
que na última semana de aulas pouca coisa acontece, com todo mundo
esperando a hora de sair de férias. Abracei a chance com espírito investigativo, sem saber o que esperar.
Mais proveitoso seria meditar com os alunos mais velhos do ensino médio. Enfim, segunda, dia
18 de junho às 7h30 da manhã estavam na sala de aula eu e mais uma horda de
crianças para praticar meditação.
Dividi o programa em duas aulas de quarenta e cinco com um intervalo de cinco minutos no meio. Meu desafio era fazer tudo ficar interessante para eles. Como explicar para uma criança que é meditação? Comecei perguntando: para que serve meditar? Primeira resposta: Para levitar? Segunda: Para dormir? E assim foi. Mostrei os tipos que existem, ensinei como sentar corretamente. Não havia almofadas, então sugeri as mochilas como assento, que serviram bem. Perguntei mostrando a imagem acima: Quem manda em quem? Seus pensamentos em você ou você em seus pensamentos? Mas eu não sou meus pensamentos? Indagou um. Será que você é? Devolvi. Fizemos duas sessões de Mindfulness: Uma de cinco e outra de dez minutos. A primeira foi um fracasso retumbante. Ninguém ficava quieto, muito menos parado. Passado um minuto as risadinhas se espalharam e contaminaram a sala. Em dois minutos a primeira sessão de meditação tinha virado terapia do riso. Interrompí. Liberei o povo para a pausa. Na volta, peguntei porque era tão difícil ficar imóvel e em silêncio. Achei que ia morrer se não me mexesse, disse um. Dá aflição ficar parado! Disse outro. Na segunda sessão liberei os que não quiseram fazer, que acabou sendo a maioria. A minoria que ficou conseguiu meditar pelos dez minutos combinados. Alguns reclamaram que queriam mais tempo. De volta à sala, os meditadores partilharam sua a experiência, atiçando a curiosidade dos que optaram por sair. Era o que eu queria. Objetivo alcançado.
Extensamente pesquisada nos EUA pelos cognitivistas, em especial na década de noventa, a meditação é tudo de bom para a criança em idade escolar. Existe desconfiança ainda em alguns meios, fruto da desinformação e da estreita relação com as religiões orientais. Meditar comprovadamente diminui o stress, aumenta a concentração para o estudo, desenvolve disciplina e inteligência emocional, gera equilíbrio psicológico e mental. Há algum tempo é usada nos EUA como tratamento de suporte em crianças com diagnóstico de Déficit de atenção e Hiperatividade. Em alguns casos de sucesso, até com a supressão dos medicamentos. Meditadores experientes sempre souberam disso. Para encerrar, confira o trabalho que músico Ravi Shankar vem fazendo introduzindo a prática da meditação nas escolas.
Dividi o programa em duas aulas de quarenta e cinco com um intervalo de cinco minutos no meio. Meu desafio era fazer tudo ficar interessante para eles. Como explicar para uma criança que é meditação? Comecei perguntando: para que serve meditar? Primeira resposta: Para levitar? Segunda: Para dormir? E assim foi. Mostrei os tipos que existem, ensinei como sentar corretamente. Não havia almofadas, então sugeri as mochilas como assento, que serviram bem. Perguntei mostrando a imagem acima: Quem manda em quem? Seus pensamentos em você ou você em seus pensamentos? Mas eu não sou meus pensamentos? Indagou um. Será que você é? Devolvi. Fizemos duas sessões de Mindfulness: Uma de cinco e outra de dez minutos. A primeira foi um fracasso retumbante. Ninguém ficava quieto, muito menos parado. Passado um minuto as risadinhas se espalharam e contaminaram a sala. Em dois minutos a primeira sessão de meditação tinha virado terapia do riso. Interrompí. Liberei o povo para a pausa. Na volta, peguntei porque era tão difícil ficar imóvel e em silêncio. Achei que ia morrer se não me mexesse, disse um. Dá aflição ficar parado! Disse outro. Na segunda sessão liberei os que não quiseram fazer, que acabou sendo a maioria. A minoria que ficou conseguiu meditar pelos dez minutos combinados. Alguns reclamaram que queriam mais tempo. De volta à sala, os meditadores partilharam sua a experiência, atiçando a curiosidade dos que optaram por sair. Era o que eu queria. Objetivo alcançado.
Extensamente pesquisada nos EUA pelos cognitivistas, em especial na década de noventa, a meditação é tudo de bom para a criança em idade escolar. Existe desconfiança ainda em alguns meios, fruto da desinformação e da estreita relação com as religiões orientais. Meditar comprovadamente diminui o stress, aumenta a concentração para o estudo, desenvolve disciplina e inteligência emocional, gera equilíbrio psicológico e mental. Há algum tempo é usada nos EUA como tratamento de suporte em crianças com diagnóstico de Déficit de atenção e Hiperatividade. Em alguns casos de sucesso, até com a supressão dos medicamentos. Meditadores experientes sempre souberam disso. Para encerrar, confira o trabalho que músico Ravi Shankar vem fazendo introduzindo a prática da meditação nas escolas.
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