Com o The New York Pass fui
a todos os museus e atrações que quis. Não há muito o que acrescentar sobre esses passeios. Já foi tudo dito e mostrado. A
cidade já foi tão exposta que achamos que já vimos cada rua que passamos em algum filme. Interessou – me, mais que tudo, dirigir meu próprio meu filme na cidade; tomar – lhe posse; lançar um olhar sobre ela. E criar meus pequenos momentos.
Não é tão simples
viajar sozinho por um período prolongado. É preciso saber conversar e ser
boa companhia para si mesmo. Sem mais opções, aprendemos a
usufruir dos improváveis encontros que se nos apresentam. Relaxando num banco perto do JK Onassis Reservoir, Central Park, vi duas
turistas orientais se aproximarem. Perguntaram sobre direções na
cidade, sobre qual caminho seguir. That way, respondi, tentando parecer casual. A experiência de orientar turistas me deixou exultante. As duas meninas me presentearam com o gostinho de ser confundido com um New Yorker. Elas seguiram seu caminho, e eu fiquei ali sapateando no palco da minha Broadway imaginária.
Após refrescar meus
pés e observar crianças num parque público próximo à Third
Avenue, a moradora de rua, uma mulher negra e gorda, pousou involuntariamente o seu gaze no meu. Sem tirar os olhos, ela me sussurrou tão lá de dentro que o caldo da sua alma despejou quente na minha: God bless
your Soul, Son, ela me disse. Esta senhora, uma Etta James do Harlem, que estava chafurdando em sacos de lixo para sobreviver, for one second had left me ungrounded. Sorri sem graça e agradeci, enquanto me afastava (Now I sincerely hope that God helps her to take good care of herself and offspring).
Apesar da má fama, os New Yorkers foram muito afáveis e solícitos comigo. Tive uma longa conversa com um jovem engenheiro local que dormiu uma noite lá no Hostel, a pedido de sua namorada. O nosso apartamento é pequeno e veio uma parte da família visitá - la, então ela me pediu para dormir aqui só por hoje, me contou embaraçado. Ele está no meu Facebook e diz que vem ao Brasil ano que vem para ver a copa. Senti - me de modo geral muito acolhido por toda a cidade, única exceção feita ao oficial da imigração do post anterior.
Apesar da má fama, os New Yorkers foram muito afáveis e solícitos comigo. Tive uma longa conversa com um jovem engenheiro local que dormiu uma noite lá no Hostel, a pedido de sua namorada. O nosso apartamento é pequeno e veio uma parte da família visitá - la, então ela me pediu para dormir aqui só por hoje, me contou embaraçado. Ele está no meu Facebook e diz que vem ao Brasil ano que vem para ver a copa. Senti - me de modo geral muito acolhido por toda a cidade, única exceção feita ao oficial da imigração do post anterior.
Não posso me privar de escrever sobre um
dos Highlights da minha viagem, que foi a visita à Highline. A maior parte das
construções em Manhattan datam mais ou menos do final do séc XIX até a fase Art Deco do entre guerras. Das coisas mais novas, a mais
surpreendente é a Highline, inaugurada em 2009. O Jardim suspenso (Se NYC é a Babilônia moderna,
agora tem também jardim suspenso) corta o
bairro de Chelsea, e preenche a plataforma da antiga linha férrea, que foi totalmente restaurada e transformada. A linha transportava produtos do lado
leste do porto ao sul de Manhattan. O sistema caiu em
desuso na década de 60, com a ascensão dos caminhões. Foi completamente desativada nos anos 80, e entrou na mira da especulação imobiliária. Meanwhile, moradores e comerciantes locais se mobilizaram para salvar e preservar a antiga estrutura de ferro. Criaram uma associação para fazer lobby e lutar para transformar a linha fantasma em alguma coisa interessante. Michael Bloomberg assumiu a prefeitura em 2002 e se comprometeu a transformar o local. Nascia a Highline. Um
minhocão minhoquento (cheio de minhocas) no coração de Chelsea; um jardim e uma galeria de
Arte à céu aberto. Um oasis na metrópole. Uma ode à
inteligência urbanística e à integração entre cidade e meio
ambiente. Nada na cidade é comparável. Nada é tão século XXI. Fiz este Álbum com minhas fotos da Highline, para a gente sonhar junto com o
futuro do nosso Minhocão aqui de São Paulo.
Gravei minhas impressões de New York em meus vídeo - diários, e desta vez vou guardá -los só para mim. Foram onze no total. Mas curto compartilhar e vou deixar um pouco à mostra. Fiz esta edição do último vídeo - diário, lá no hotelzinho em Chelsea. Me interessa divulgar outros vídeos que ainda vou postar, e minha seleção de fotos. Este Álbum traz umas cem fotos selecionadas. Elas emanam um quê do meu namoro com a cidade. Tem este outro vídeo, com explorações à pé e de metrô.
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