Entramos pelo terminal
oito do JFK. O
oficial da imigração, desconfiado, me perguntou: Why are you here? Pensei em várias respostas idiotas e acabei com esta: Estou de férias e vim passear. Poderia ter dito que desejava conhecer a cidade mais filmada do cinema, a capital do mundo, a terra do Jazz. Ou ainda que depois de anos debruçado no Manhattan Connection e no The Late Show, era hora de conhecer o the real thing. Poderia ter dito que vim para ver se a cidade é mesmo tudo isso que dizem. Mas parece que dei a resposta correta, já que, sem sorrir, o oficial me deixou passar.
Vim por mil motivos. Para falar Inglês. Para explorar, andar por aí. Para tirar uma foto no alto do Empire State Building, como Papai ao visitar a Feira Mundial de 1964. Para questionar esse papo de que é preciso uma fortuna para
encarar NYC. Gastei zero com passagem (programa de milhagem) e um pouquinho com hospedagem. Foram três
semanas com menos de US$2 mil. O International Hostelling de NY é o
melhor Hostel do mundo e oferece muito entreterimento por lá mesmo. O programa do New York Pass abre as portas de mais de 80 atrações, incluindo todas as
principais por cerca de US$ 200. No terceiro dia de uso recupera-se o investimento.
Foram ao todo três semanas. Sobre as duas semanas finais você lê aqui e aqui. Meu foco no início foi conhecer mais à fundo a cidade, saber ir e vir. Nestes dias usei o ônibus, terrestre e aquático, e também o metrô. A rede de metrô impressiona pelo tamanho, mas decepciona a má conservação. A maioria dos carros são muito velhos, alguns com ar condicionado quebrado. A A line, linha celebrizada na música de Duke Ellington, me levou do JFK à Uptown no primeiro dia. O trem da CPTM que passa em Pirituba é melhor.
NYC é
uma cidade de terceiro mundo. Senti - me em casa na
bagunça do trânsito, na lotação do metrô, na variedade étnica, nas filas, na briga dos camelôs. Nada a
ver com o Canadá, onde estive em 2011, que é primeiro mundo mesmo. NY é uma prima ricaça de São
Paulo, com jeitão de carioca. Muita água em volta, todo mundo de chinelo e bermuda, um calor de rachar e milhares de turistas.
Registrei estes dias de exploração em muitos vídeos, e editei dois para você. Neste cruzo a cidade de Ônibus. Neste outro, navego pelo Hudson River no Ferry Boat que vai de Manhattan a Staten Island, exatamente como Carly Simon e Melanie Griffith fizeram 25 anos atrás em The Working Girl. Os lugares que aparecem são tão conhecidos que dispensam qualquer apresentação. Se New York City não é a melhor cidade do mundo, é a que melhor sabe vender sua imagem. Por fim, compartilho minha pesquisa preliminar da cidade, com meus pontos de interesse.
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