Assistimos recentemente o documentário “The secret”. O título oportunista trata de um tema bastante “batido” nos círculos da nova era: A capacidade subutilizada que todo ser humano tem de co - criar a sua realidade material. Como em muitos círculos da nova era, o poder criativo humano é direcionado, sem muitas reflexões filosóficas, ao objetivo de realizar todos os desejos humanos. Tal poder é comparado no filme ao gênio da lâmpada. “Basta pedir, e seus desejos serão realizados”. Mas há algo, me parece, não revelado no filme.
O poder místico da criatividade humana só se revela real e totalmente conforme o próprio desejador vai sendo abandonado! Para ganhar o poder de realizar seus desejos é preciso “morrer aquele que deseja”!
O poder místico da criatividade humana só se revela real e totalmente conforme o próprio desejador vai sendo abandonado! Para ganhar o poder de realizar seus desejos é preciso “morrer aquele que deseja”!
Numa linguagem mais técnica, significa que é preciso conhecer a motivação por trás do seu desejo e ser capaz de abandoná-lo se essa motivação não vir de uma fonte interior relativamente purificada.
Uma mente atribulada com desejos não consegue focalizar a energia-atenção em potência necessária para o ato crativo. Ela permanece "pulando de um galho (desejo) para outro". Uma mente com alto poder de focalização criativa, por outro lado, é uma mente vazia. Uma mente sem um eu, ou sem desejos pessoais!
Bem, ESSE segredo não venderia muitos DVDs!
O fato não revelado no filme é que o poder humano de criar aumenta conforme é usado para o bem. É por essa razão que o primeiro passo para a sabedoria na tradição Budista é aprender a viver com ética. Produzir a “ação correta”, a “palavra correta”, o “pensamento correto”. Antes de desejar algo, deveríamos investigar porquê de querermos aquilo. O que em nós deseja as coisas àquele modo. Esse aprendizado (do porquê) é mais fundamental e vem antes do amadurecimento natural do poder interno criativo.
Uma válvula de segurança do “segredo” faz com que conforme você amadurece ética e emocionalmente, mais seu poder criativo se afina. Quanto menos eu desejo para mim, quanto menos egoísta me torno, mais poderoso e criador também me torno.
Um aspecto do poder criativo pouco utilizado pela humanidade é o seu poder de gerar autoconhecimento e de transformar nossa personalidade (Ver postagem abaixo – Quinze Dualidades). Poucos estão interessados em mudar a própria personalidade. Identificamos-nos com ela; Acreditamos que ela é tudo o que somos.
Apenas quando ficar claro que partes desconhecidas dessa personalidade criam para nós problemas e sofrimentos, haverá alguma motivação para mudanças.
Abraços!
2 comentários:
Desejos desejosos.
Muitas vezes o ato de desejar se torna o fim em si mesmo. O objetivo é desejar e almejar por mais.
Quantos desejaram tão avidamente por algo, que quando o desejo foi atingido a alegria foi pouca e logo começou a desejar por mais? Quem ao desejar por algo parou e refletiu se é o que realmente precisa?
Parece que o ato de desejar virou um vicio. Há pesoas viciadas em desejar. Não satisfeitas com o que já possuem sempre olham pra longe. Será que a felicidade não está é perdida por algum lugar bem proximo de nós?
Este é um ponto importante. Antes de desejar pense sobre a importância e grandiosidade daquilo que já existe.
A lei número um: Agradecimento.
Agradeça por tudo que já existe em sua vida. Agradeça por cada novo instante nesta curta vida que temos.
O ato de agradecer é revelador.
Beijos, Marie
Queridíssimo!
Disse tudo maravilhosamente!
Bom saber que temos amigos sábios!
Uma pena nosso desencontro de fim de ano...Fica pra próxima, ou quando vieres passear pelas terras do tio Sam.
Beijos e lindo ano pra vocês :)
Andrea Almeida & Marina
Postar um comentário