Assisti a este vídeo http://my.barackobama.com/page/community/post/stateupdates/gG5VTS
em que a Sra. Hillary Clinton reconhece a vitória do oponente e agradece o apoio de seus correligeonários. Em seguida elegantemente declara apoio a B.Obama, em auto - sacrifício pessoal, por seus ideais e os de seu partido. Expõe publicamente sua ferida e frustração. À parte certa cafonice da Sra. Clinton, a senadora coloca óbvia sinceridade em suas palavras e demostra grandeza. As pessoas à sua volta, ao escutá-la, ostentam orgulho e amor por seu país. Sem entrar no debate ideológico, precisamos reconhecer que aquelas pessoas trabalharam por um ideal. Se ele é bom ou não, não vem ao caso. Minha primeira reação ao assistir aquilo foi querer ter nascido americano.
Depois, misturei inveja com raiva. Por fim, fiquei deprimido e chorei. Chorei pelo Brasil. Pela minha nação que não nasceu, pelo projeto de país que naufragou em algum lugar do século XX. Poderia ter sido diferente se nosso sistema público de educação não tivesse sido desmantelado pelos governos militares e pós - militares. Os americanos hoje estão adotando o IB em suas escolas públicas http://bcpandre.blogspot.com/2007/10/ib-fair-e-educao-globalizada.html
e corajosamente enfrentando sua crise educacional
http://bcpandre.blogspot.com/2008/03/escola-reforma-ou-reinveno.html
Chorei por meus alunos que não sabem e não fazem questão de saber o hino nacional. Que não conhecem o sentimento explícito no vídeo, de orgulho da nação. Chorei por mim que também não conheço o sentimento. Queria sentí-lo, mas não consigo. Chorei de impotência ao re - constatar que um quarto do meu (e do seu) salário vira fumaça todo mês no ralo da corrupção brasileira enquanto o país tateia em completo abandono. Chorei ao ver que partidos com pouca diferença ideológica, PT e PSDB eternizam brigas mesquinhas em nome de interesses de pequenos grupos e de classes, enquanto um projeto colaborativo de nação é descartado. Chorei por não achar tempo para atuar em movimentos pela cidadania tais como o "Nossa São Paulo"http://nossasaopaulo.provisorio.ws/portal/
ou o "Todos pela educação"http://www.todospelaeducacao.org.br/
Chorei de raiva do brasileiro burro de classe média, que não se dá ao trabalho nem de participar das reuniões de seu condomínio. Preguiçosos! No meu prédio ninguém vai a reunião de condomínio. Temos a mania de achar que brigar, mesmo que seja por um ideal é inadequado e socialmente condenável. As pessoas dizem: "Ah, eu não gosto de brigar! de arrumar problema"... Esse é o problema. Somos todos bundões acomodados. Hà certa altura no vídeo, a Sra Clinton diz: "Vou continuar a brigar pelos ideiais que me moveram até aqui" Precisamos aprender a brigar. Para termos democracia temos que aprender a brigar. Mas não queremos democracia. Não sabemos o que é democracia. Preferimos ajudar crianças carentes numa instituição para tentar nos sentir bem. Assim não brigamos com ninguém. Nosso presidente é assim. Não briga com ninguém. É o retrato da nação (Na verdade, brigamos sim. Brigamos por trás, pelas costas. Brigamos pelo que nos beneficia. Hipócritas e sorridentes, para garantir o nosso quinhão).
Não temos sociedade civil. Não temos ideais fortes para formar partidos políticos ao seu redor. E não teremos isso tão cedo, porque democracia só é construída onde há educação e classe média fortes. Não temos nenhum dos dois. Isso me desespera.
Por isso não me amole criticando minha depressão. Não sugira remédios. Deixe minha depressão em paz. Ela é doença do bem. É sintoma de saúde.
em que a Sra. Hillary Clinton reconhece a vitória do oponente e agradece o apoio de seus correligeonários. Em seguida elegantemente declara apoio a B.Obama, em auto - sacrifício pessoal, por seus ideais e os de seu partido. Expõe publicamente sua ferida e frustração. À parte certa cafonice da Sra. Clinton, a senadora coloca óbvia sinceridade em suas palavras e demostra grandeza. As pessoas à sua volta, ao escutá-la, ostentam orgulho e amor por seu país. Sem entrar no debate ideológico, precisamos reconhecer que aquelas pessoas trabalharam por um ideal. Se ele é bom ou não, não vem ao caso. Minha primeira reação ao assistir aquilo foi querer ter nascido americano.
Depois, misturei inveja com raiva. Por fim, fiquei deprimido e chorei. Chorei pelo Brasil. Pela minha nação que não nasceu, pelo projeto de país que naufragou em algum lugar do século XX. Poderia ter sido diferente se nosso sistema público de educação não tivesse sido desmantelado pelos governos militares e pós - militares. Os americanos hoje estão adotando o IB em suas escolas públicas http://bcpandre.blogspot.com/2007/10/ib-fair-e-educao-globalizada.html
e corajosamente enfrentando sua crise educacional
http://bcpandre.blogspot.com/2008/03/escola-reforma-ou-reinveno.html
Chorei por meus alunos que não sabem e não fazem questão de saber o hino nacional. Que não conhecem o sentimento explícito no vídeo, de orgulho da nação. Chorei por mim que também não conheço o sentimento. Queria sentí-lo, mas não consigo. Chorei de impotência ao re - constatar que um quarto do meu (e do seu) salário vira fumaça todo mês no ralo da corrupção brasileira enquanto o país tateia em completo abandono. Chorei ao ver que partidos com pouca diferença ideológica, PT e PSDB eternizam brigas mesquinhas em nome de interesses de pequenos grupos e de classes, enquanto um projeto colaborativo de nação é descartado. Chorei por não achar tempo para atuar em movimentos pela cidadania tais como o "Nossa São Paulo"http://nossasaopaulo.provisorio.ws/portal/
ou o "Todos pela educação"http://www.todospelaeducacao.org.br/
Chorei de raiva do brasileiro burro de classe média, que não se dá ao trabalho nem de participar das reuniões de seu condomínio. Preguiçosos! No meu prédio ninguém vai a reunião de condomínio. Temos a mania de achar que brigar, mesmo que seja por um ideal é inadequado e socialmente condenável. As pessoas dizem: "Ah, eu não gosto de brigar! de arrumar problema"... Esse é o problema. Somos todos bundões acomodados. Hà certa altura no vídeo, a Sra Clinton diz: "Vou continuar a brigar pelos ideiais que me moveram até aqui" Precisamos aprender a brigar. Para termos democracia temos que aprender a brigar. Mas não queremos democracia. Não sabemos o que é democracia. Preferimos ajudar crianças carentes numa instituição para tentar nos sentir bem. Assim não brigamos com ninguém. Nosso presidente é assim. Não briga com ninguém. É o retrato da nação (Na verdade, brigamos sim. Brigamos por trás, pelas costas. Brigamos pelo que nos beneficia. Hipócritas e sorridentes, para garantir o nosso quinhão).
Não temos sociedade civil. Não temos ideais fortes para formar partidos políticos ao seu redor. E não teremos isso tão cedo, porque democracia só é construída onde há educação e classe média fortes. Não temos nenhum dos dois. Isso me desespera.
Por isso não me amole criticando minha depressão. Não sugira remédios. Deixe minha depressão em paz. Ela é doença do bem. É sintoma de saúde.
9 comentários:
Querido André, não entre em depressão por conta da inação ou má ação desses políticos de merda.
Quem tem depressão perde a esperança e se torna inativo como eles.
Ao contrário, faça do seu cotidiano sua prática política (adorei!!!) beijos
P.S. adorei seu blog
É, você tem razão. Agora já passou. Obrigado.
Também adoro seu site.
Ví seu convite para se cadastrar no meu myspace. Não sei cadastrar amigos lá. Então, considere-se minha amiga, OK!
Bj.
Olá André, gostei de seu post, de novo!!!
Mas não gosto de depressão, prefiro o otimismo e a esperança...embora do jeito que você escreveu, estas duas, são aliadas de um bem maior que queremos atingir...Finalmente me dei conta de que essa tal de prática política é o que nos torna diferente de muitos. É bom descobrir que o caminho do bem é se manter ético. Ou pensar duas a três vezes antes de pensar em fazer alguma m...
Abraços.
P.S.- Dê um pulinho no meu Blog e se possível comente, pode descer a lenha, você tem a tal da "licensa poética" para isso.
www.fabsamba.ohlog.com]
Tchal
Oi André! Muito legal seu Blog!
Como já deve ter percebido eu sou uma das pessoas que as vezes "compra" a briga, tenho me esforçado para não ser só a que reclama (antes eu falava mas não agia muito)e não arruma tempo para o " BEM"... e sabe de uma coisa? Quanto mais eu faço, mais tempo eu encontro, mais feliz eu sou....Quando eu morava na Ilha era melhor porque eu conseguia visualizar minhas ações e resultados, mesmo quando haviam aqueles que torciam para serem os "nadas", e se achavam enturmados...é realmente deprimente.
Aqui em Sampa muita cultura e pouco coração ou muita cultura e coração, mas sem pontos de fuga, que se convertam?
Dez anos fora e nada mudou...mas tai a Nossa São Paulo SIM e mais alguns outros....vamos juntos então!
Quanto a sua frase é perfeita!
Nosso cotidiano deve ser isso, corpo e mente, ação e respiração no mesmo "sentido"!... Não gosto de gente incoerente, não gosto de quem não sabe assumir o que sente, nem o que pensa..fico triste as vezes mas faço força para NÃO arrumar mais tempo para isso...temos muito o que fazer... cada vez que se faz algo em direção ao "BEM", mesmo que não seja "moda'...uma faísca brilhante emana da gente...observe... e veja.
PARABÉNS!!
Viv
http://vivfaure.blogspot.com/
I love you! :)
Semana que vem me torno cidadã americana após 20 anos de América...
Eu sei e vejo bem do que você está falando.
Eu amo o Brasil, e amo os Estados Unidos. E na minha doença do bem, fico sempre maravilhada com a vontade do americano de brigar por aquilo que ele acredita, qualquer merdinha que seja - muitas vezes até ridículo demais para se brigar - mas é. O Brasileiro gosta de ser acomodado, é gostoso, é mais fácil. Mas lembre-se também que é cultural e os brasileiros sofreram uma lavagem cerebral imensa desde o início dos tempos...
Tudo culpa dos Portugueses...(adoro culpar alguém, resolve sempre o problema!) :)
Chora mesmo...
Pode deixar , Fabiano. Farei uma visita em breve.
Abraço.
Minha cara Viviane:
Sou seu fã confesso. Continue sempre assim.
Um abraço.
Déia dear : Também quero ser americano! Como eu faço?
Bjão no coração.
André,
se puder der um pulinho lá...
http://vivfaure.blogspot.com/
Já pensei também em assumir meu lado "cidadã européia"...mas acho que dá para ser os dois...lá e cá....tá tudo esquisito...rsrsr
Mas concordo: brasileiro é mUIto preguiçosso...isso "cansa"...rsrsr
Beijins!!
Vv
Postar um comentário